quinta-feira, 14 de maio de 2009

Bom mesmo é extrair os dentes

Passei por uma extração de dente. Não, na verdade foram duas extrações em um único pacote. Depois de muito pensar sobre como manter a calma na cadeira que geralmente é associada a uma cadeira de tortura, lembrei de um texto que um amigo publicara ao fazer uma cirurgia na vesícula, no qual dizia ter ficado muito tranqüilo porque o médico era fã de Bob Dylan e sempre podemos confiar em um fã de Bob Dylan.
A primeira pergunta que fiz ao dentista foi:
- O que você acha do Dylan?
Ele me respondeu:
- Dylan é um verdadeiro babaca. A única coisa boa são as gravações dos Byrds. A menos que você se refira ao Dylan Thomas...
Foi o que me tranqüilizou. Sempre podemos confiar em alguém que não gosta do Bob Dylan. Mas, se o dentista achasse-o mais ou menos, eu sairia disparando pela porta assim que ele virasse para calçar as luvas cirúrgicas, apesar de eu ser fã do bardo.
Ah, mas que droga. Este texto deveria ser sobre a extração dos dentes. O que tenho a dizer sobre isso é que acabamos realizando os sonhos de criança: comer bastante sorvete e ficar em casa lendo Ardil 22, ou outro livro qualquer que casualmente tenhamos começado antes da criurgia.

2 comentários:

  1. E extraiu os dentes quando? 22 de abril? Lendo Ardil 22?
    Se o dentista fosse fã do Bob Dylan, poderías até fugir. Mas queria ver o que irias fazer caso a admiriação do odontólogo fosse pelo Felipe Dylon!

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  2. No caso em questão o odontólogo não possuía tamanha erudição. Mas, pensando bem, acho que poucas crianças têm o sonho de ler o Ardil 22.

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