sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Herói nacional

Que os mais rebeldes não se preocupem. Não vou publicar um texto cheio daquelas papagaiadas lugares comuns (embora verdadeiras) que ouvimos e vemos por aí, do tipo herói é aquele que vence apesar das dificuldades, que é solidário, queganha salário mínimo e chega ao fim do mês, etc.
Mas, como meu amigo otário sugeriu que fosse criado um autêntico herói nacional, sugiro aqui a aparição do palhaço da justiça. Como nasceu? Ontem, ao passar perto do Palácio Piratini, durante uma manifestação contra a governadora, pude perceber que quase ao lado do escritório de trabalho do governardor(a) fica o chamado "Palácio da Justiça". Como protestar contra a governadora é justo, útil e coerente (para dizer o mínimo), mas os fatos que levam ao acontecimento dos protestos são uma verdadeira palhaçada, acho melhor mesmo criar o palhaço da justiça, o herói capaz de mostrar como é a justiça no país, se aqueles processos, que não citarei aqui, forem arquivados, o palhaço da justiça entrará em ação, fazendo com que a população possa rir de sua tragicomédia, antes que os políticos façam-no pelo povo, afinal, quem ri primeiro ri muito melhor e já que somos constantemente feitos de palhaço, por que não usar como identidade secreta?
Mas o melhor sobre o palhaço da justiça é que ele pode ser qualquer pessoa, um gari, um funcionário público, um professor, ou qualquer um mantenha seu sentimento de indignação e não acredite nos governantes.
Por via das dúvidas e por via das atuações também, comprei um narigão vermelho e, assim que encontrar uma cabine telefônica, estarei pronto para sair dali com as calças largas, sapatos grandes, nariz e maquiagem, pronto para combater esta grande palhaçada. Enfim, o palhaço da justiça é qualquer um que seja feito de palhaço pelos governadores, prefeitos, presidentes, ministros, medidas provisórias e afins.
Portanto, os políticos deverão ter cuidado ao tentar cometer alguma fraude, pois, atrás deles pode estar o palhaço, pronto para borrifar água com sua flor na lapela, ou dar-lhes uma cacetada com o balão em forma de porrete.