terça-feira, 30 de agosto de 2011

Melhor crítica ao novo poeta

Esquece, poesia não é o teu negócio. Além de escreveres feito um adolescente preocupado com espinhas, a autopiedade está fora de moda há muito...

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Mudo, mas não fico mudo

Mudar de uma cidade para outra é realmente assustador. Por lá temos pessoas diferentes, paisagens diferentes, lugares e todas essas coisas sobre as quais os poetas gostam de elaborar versos, para depois chamar de poesia urbana. Seria bem diferente se eu estivesse de mudança para a zona rural, nesse caso chamariam a poesia de poesia rural ou do campo. Tudo diferente, só eu é que continuo sendo o mesmo de  de sempre, pelo menos por enquanto e até onde eu saiba. 
Também é um  problema a mudança em si; tirar as coisas dos lugares para colocar em outros lugares. Depois de tanto esforço o sujeito acaba vendo que acumulou coisas demais, que poderia ter economizado se não tivesse comprado tanta coisa, aquele livro, aquela revista. Qual era mesmo o artigo que interessava? Não sei, só sei que agora é entulho e não tenho caixas suficientes para carregar tudo que acumulei.
Mas essa é apenas a parte divertida da coisa toda. Na verdade, tudo começa a ficar mais sério quando o sujeito percebe que acabou empacotando os livros de forma, digamos, indigna, ou seja, os livros do Campos de Carvalho juntos com aquele livro do jornalista polêmico de merda, cujo nome prefiro não citar, mas que, apenas por pensar no assunto, chega a dar cãibras, que foi-lhe presenteado em um amigo secreto e acabou guardado na estante somente por consideração à pessoa que presenteou. No meu caso, saio por aí dizendo que o Campos de Carvalho nunca viajou tão mal acompanhado, pelo estilo ou pela originalidade do texto. Imaginem só o que aconteceu com os livros do Jorge Luis Borges.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Desexplicação necessária.

Aos que pensam ou desejam que eu tenha abandonado este blog, vou dizendo logo que estão muito enganados. É apenas a minha forma de me conformar com o fato de que agora ideia é assim mesmo, sem acento. E isso faz toda a diferença na hora de escrever, já que dentro da cachola, onde ocorre a maior, se não toda a criação idealística textual aqui despejada, expulsa, expurgada ou expressa, para não soar tão opressor, já que agora muda a forma mas não muda o significado da ideia, ou "de" ideia. 
Mas acredito que a tal reforma tenha lá mesmo suas vantagens ou, pelo menos, a palavra ideia passa a ser diferente, menos aguda, o que leva a crer que das cabeças sairão menos agudezas, o que muita vantagem oferece, sobretudo ao governo e aos meios de comunicação de massa. A partir de então, todas as ideias serão diferentes, carentes um sinal. Se não em todas, pelo menos naquelas proferidas a até a homologação do tal acordo. E acordos são todos assim, diferentes de acorde, tensionando uma ligeira referência a acordar, e, apesar de todos esses significados, diametralmente opostos a despertar.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Protesto

Pelo menos para manter aceso este espaço, mesmo que ande eu com uma tremenda escassez de de idéias, ou, no mínimo, com uma baita preguiça. Digo preguiça para poder me considerar um pecador que comete um dos sete pecados capitais, para que eu  meus leitores possam me considerar um sujeito mais interessante, ou mais covarde, já que a preguiça é tida como o menor dos pecados capitais, mas mesmo assim um dos capitais. Aproveito, também, para deixar avisado que não não apenas não aceitarei provocações do tipo: pecado capital é aquele cometido em Porto Alegre, Goiânia, Belo Horizonte etc., como também acho que nós (eu e vocês, caros leitores), não seremos acometidos pelo vício da facilidade de dizer que pecado capital é quando o sujeito vai fornicar em Porto Alegre, Goiânia, Belo Horizonte etc., mesmo porque qualquer pessoa pode cometer qualquer pecado em qualquer uma dessas cidades, portanto, não só o da luxúria. O cidadão pode ficar,por exemplo, irado em Porto Alegre, com inveja de algo em Goiânia e fartar-se de comida típica em Belo Horizonte, ou invejar algo em Belo Horizonte, ou mesmo exercer sua avareza no interior, sem viajar para capital alguma, a fim de amontoar dinheiro para simplesmente não gastar, 
Mas já que mencionei aquele estado, digo que, quando do desaparecimento do Carlos Drummond Andrade, eu morava em Minas e percebi, mesmo jovem demais, que aquilo causara grande comoção (acho que não só por lá como também no resto do país), mas a verdade é que tal comoção constitui um objeto de inveja, posto que na época do desaparecimento do Quintana eu já estava de volta ao Rio Grande do Sul e vi que pouco se falou, ou ao menos assim me pareceu na ocasião. Algo de certa forma coerente com a poesia Quintaniana.
Mas o real protesto nada tem que ver com tudo que acima foi dito, que serviu apenas para que eu ganhasse um certo tempo para formular um argumento válido e consistente para o que tinha a escrever agora, neste parágrafo, mas ao chegar neste ponto do texto, tendo passado por comentários sobre idas e vindas de pecados, poetas e capitais, acabo de chegar à conclusão de que meu protesto contra a falta de educação de certos professores não faz mais sentido e, portanto, exclua o leitor o último parágrafo deste texto e considere um protesto somente o que foi escrito nos anteriores.