quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Nossos médicos estão realmente preocupados com a saúde. Especialmente com a saúde de suas carteiras

Ainda podemos ouvir algum eco dos protestos da classe médica contra a vinda dos médicos cubanos para o Brasil, trazidos por um programa do governo federal. O deplorável protestos das médicas recém formadas que proferiram ofensas contra os cubanos, o inimaginável, medonho e indigno pronunciamento do presidente de um dos conselhos regionais de medicina, recomendando que os médicos locais não atendessem aos "erros" dos médicos estrangeiros.
Claro que sei que os médicos são demais, que estudam até a deformidade do traseiro sentado na cadeira, fazendo cursinho pago pelo pai, geralmente médico também, já que eles parecem se preocupar em fundar uma dinastia de médicos, e que os estudantes de medicina são aqueles que pregam os trotes mais medonhos nos calouros de seu curso.
Creio que seria algo correto e sensato valorizar a profissão pelo papel social, não por seu prestígio, e isso parece que vem sendo um grande problema para os médicos. Não apenas para os médicos, mas para que precisa de um deles, afinal de contas.
Pode parecer tarde, aliás, mas eu gostaria de mandar meus sinceros agradecimentos à simpática médica, cujo nome ignoro, a respeito da qual sei apenas que trabalha na emergência da Santa Casa de Porto Alegre, e que em abril, quando fui parar lá por causa de uma intoxicação alimentar, com 39 graus de febre, para quem perguntei onde poderia pagar os R$ 140,00 do atendimento, mas que não foi capaz olhar para mim, muito menos de apontar o indicador de ser humano superior, para mostrar o local onde eu deveria fazer o pagamento, preferindo simplesmente ignorar que eu lhe fizera uma pergunta. Muito obrigado, dona médica, você realmente me enche de fé e renova minha simpatia por essa categoria tão humanitária e desapegada dos bens materiais. Creio que o principal papel dos médicos brasileiros seja mesmo reacender a fé nas pessoas, já que quando precisamos de um, parece que o melhor a fazer mesmo é rezar.

domingo, 27 de outubro de 2013

Mundial no mundo.

A cidade recebeu o mundial de atletismo. Daí que podemos ver por aí dezenas de pessoas a circular com agasalhos esportivos cheios de bandeiras de países diversos, falando idiomas diversos e aparentando aparências diversas, sem saber como tomar um ônibus ou um táxi, desorientados com a falta de informação. Sua presença não deixa, contudo, de proporcionar um interessante espetáculo.
De que países são as pessoas que por aqui estão?
De vários países e nacionalidades. Vieram peruanos, bolivianos, chilenos, angolanos, irlandeses, paquistaneses, birmaneses, ingleses, portugueses, finlandeses, estonianos, laponianos, estadosunidenses, japoneses, vietnamitas, coreanos do norte e do sul, suecos, iraquianos, turcos, vaticanenses, argentinos, uruguaios, malteses, escoceses, congoleses, tiroleses, africanos do sul e do norte, russos, sérvios, argelinos, australianos, austríacos, butaneses, croatas, cubanos, venezuelanos, equatorianos, mexicanos, haitianos, micronésios, caledonianos, macedônios e  franceses. Vieram, também, pessoas de países que achávamos que não existiam, como egípcios do novo e do antigo Egito, incas terrenos e venusianos, maias, astecas, bolivarianos, búlgaros e tanzânianos, quer dizer, tanzanenses... tanzãos... enfim, pessoas que nasceram na Tanzânia, e os persas. Enfim, de todos os lugares que podemos citar para exercitar nosso conhecimento do index mundi.
E brasileiros? Os brasileiros estão por aí?
Não rimavam com nada e resolveram ficar em casa.