quinta-feira, 7 de maio de 2009

Sagradas famílias

Nesta época de escândalos e uso indevido de passagens no congresso, este profano aqui ainda consegue ficar chocado com políticos que mandam as famílias para passear na Europa sob o pretexto de que família é algo sagrado.
Então, acredito que devemos fundar um movimento em prol das sagradas famílias, reivindicando uso de cotas do imposto de renda, IPI, IPVA, ITCD, e tantos I alguma coisa quanto for possível, afinal, minha mãe sempre quis conhecer as catedrais do velho mundo. No fim das contas acho que nem seria um movimento tão revolucionário e que exigisse tanto esforço assim, a única mudança perceptível seria o destinatário dos benefícios do dinheiro público.
Claro, ainda existem trouxas que protestam contra o mau uso do dinheiro público, mas eu não. Eu aprendi, é por isso que se chama dinheiro público, para ser usado como melhor aprouver por nossos políticos. Se assim não fosse, o dinheiro seria privado e voltaríamos a protestar como na época das privatizações daquele outro presidente (aquele, cujo nome esqueci, cuja tese li, mas ateei fogo). O caso não é que existam políticos desonestos no país, mas sim políticos incompreendidos. Imaginem só, tantas reclamações a respeito da falta dos valores antigos, do respeito pelos mais velhos, blá-blá-blá... e nós aqui criticando toda essa boa gente que só quer zelar pela família, levando suas peruas emplumadas para fazer compras em Miami ou para ver o Louvre.

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