quinta-feira, 9 de julho de 2009

Em que sou atacado gratuitamente por fãs de má música de maus compositores

Dia desses peguei um taxi com uma motorista, não com um motoristo. Fiquei meio desajeitado ao pensar que a moça que veio abrir a porta do carro seria um passageiro (uma passageira no caso). Mas ao entrar fiquei ainda mais supreso ao perceber que ela ouvia música boa. Sim, ela estava trabalhando com um cd do Led Zeppelin na vitrola do carro. A vida às vezes tem dessas boas surpresas.
No dia seguinte, ao chegar no trabalho, contei o episódio para alguns colegas meus que acharam um absurdo ouvir rock durante o expediente e fizeram questão de me esfregar na cara o ingresso para o próximo chou (show) de pagode ou axé music que aconteceria na cidade. Afinal esse tipo de velharia não é algo do interesse comum que agrade a todas as pessoas, como esse lixo que a grande massa escuta.
Claro, sou um cara muito calmo e disse que queria mesmo que o chou acontecesse, mas que explodisse com todos lá dentro. Digo que explodisse no sentido metafórico, obviamente, mas que explodisse mesmo assim, ao que um dos meus colegas respondeu que gosto é que nem cu, cada um tem o seu e que eu deveria respeitar mais o dos outros. Acho que ele se referia ao gosto dos outros, porque nunca desrespeitei o cu de ninguém. Estranho raciocínio esse, do qual posso deduzir: se gosto é igual a cu e cada um tem o seu, quer dizer que essas pessoas andam esfregando os seus cus nos meus ouvidos?

3 comentários:

  1. É curioso: é um absurdo ouvir rock durante o expediente. Pra quem diz que os gostos, assim como os cus, devem ser respeitados, parece um absurdo ainda maior dizer uma bobagem dessas.
    Agora, esfregar os cus nos teus ouvidos me parece lógico. Nesses casos costumam nos sujar os tímpanos com merda...

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  2. E resta também amarrar uma cordinha no lobo da orelha para poder puxar a descarga.

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  3. Ricardinho!!!! Tens uma queda para brilhantismo em oratória e/ou retórica!!!! A ironia, Fábio, não a vaidade, a ironia...!
    Bj, Tê!

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