sábado, 15 de outubro de 2011

Quando eles voltarem

A feira do livro se aproxima, trazendo alguns autores e pseudo-autores para distribuir autógrafos na praça, uma grande quantidade de livros baratos e uma quantidade maior ainda de livros caros. Fiquei bastante decepcionado por saber que não poderei colher o autógrafo do Campos de Carvalho, mas creio que ele não se faria presente, nem mesmo por intervenção mediúnica, já que era ateu e, consequentemente, não acreditava no além, a não ser no além mar; ainda assim com sérias restrições. Mas como nem tudo é lamentação, choro, velas e punhos cerrados, digo que desta vez pretendo chegar lá bem preparado, com capacete, joelheira e principalmente cotoveleira, que é para poder me acotovelar como no ano passado, quando disputei aos chutes, pontapés, encontrões e cotoveladas o meu exemplar do livro de contos do Bret Harte. Posso dizer que a aquisição valeu a pena, porque o preço era bom e livro melhor ainda; prova de que nesses dias em que a relação custo-benefício parece ser a própria carta magna, o consumo de literatura dá suas flertadas com as ciências exatas.

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