sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Interpretando os beatles

Fácil é encontrar um beatlemaníaco. Díficil é decidir qual é o mais fanático, quem tem mais discos, quem tem mais ítens raros, quem lembra de mais músicas, quem foi ao melhor show de algum ex integrante e quem é mais convincente para provar para os outros que os Beatles foram a melhor banda de todos os tempos em toda a história da humanidade. Talvez seja por esses motivos que acaba escapando aos fanáticos ora a verdadeira interpretação das letras das, ora a interessante e verdadeira história por trás de tudo.
Mas como sou um fanático defensor do não-fanatismo e à minha perspicácia poucas coisas óbvias escapam, deixarei aqui algumas pistas para que os mais ardorosos fãs possam ter uma linha de leitura inicial sobre as letras, bem como algumas informações importantes.
I want you (she's so heavy): Diferente do que muitos afirmam, não se trata de nenhuma apologia a drogas. Na verdade a namorada de algum deles (melhor não citar nomes) estava engordando e ficava pesada demais para ser carregada.
I should have know better: Poucos indivíduos na face da terra têm inteligência suficiente para interpretar os versos que dizem "deixa essa boneca, faça-me o favor". Eu não sou um deles.
Yellow submarine: A ideia original era criar uma música a respeito de um transatlântico azul, mas os custos seriam fabulosos.
Doctor Robert: Se a jovem guarda fizesse uma versão desta, de maneira alguma chamar-se-ia "Doutor Roberto", muito provavelmente falaria de algum amor juvenil, talvez a paixão de alguma moçoila desmiolada por algum médico mais velho que atendia a família há anos, mas teve de mudar de profissão por causa do incômodo causado pela moça.

E aos fanáticos que queiram me atacar com acusações de profanação vou logo avisando que os comentários indesejados serão sumariamente deletados.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Novíssima gramática ampliada e restrita

Suscitou estrondosa ira dos gramatiqueiros do país, ou melhor, dos países, a ideia marqueteira de chamar a Dilma de presidenta, uns se atiram a escrever artigos em "jornais de direita" (o que para mim já soa redundante) e espalhar correntes de email por aí dizendo que isso corrompe a gramática, que é um absurdo, que é uma violação do sagrado direito da classe dominante letrada e linguisticamente prestigiada de exercer pleno e total domínio sobre os caminhos e a evolução do idioma, outros simplesmente aceitam passivamente essa regra cagada sabe-se lá por quem, ou de onde e saem  apregoando por aí: não existe, não existe, a gramática é estática, a língua (idioma) não se move em nenhuma direção que não o passado! Alguns, admito, argumentam bem e chegam a parecer mais ou menos convincentes, mas não menos antipáticos.
Após minha ligeira campanha particular em prol da liberdade linguística passei a receber, todos os dias, milhares de cartas perguntando se é certo chamá-la de tal forma ou se o particípio ativo não deve sofrer tipo algum de derivação. 
Mas não vou responder a nenhuma das cartas que abarrotam minha caixa de correspondência, e sim aproveitar o lançamento da Novíssima e Restrita Gramática da Nova Lingua Portuguesa, que em breve estará disponível nas melhores e também nas piores livrarias. Essa gramática traz uma nova proposta de análise do paradigma linguístico de Lavoisier, análise sintática segundo o diagrama de Pauling e o novo método de conjugação verbal de acordo com os postulados de Couper e Kekulé.
E depois que todos aqueles que me escreveram fizerem a leitura desta fantástica obra de gramática analítica e descritiva, aí sim estaremos prontos para discutir o problema (se é que assim pode ser chamada a questão) sob a ótica da lógica e talvez da negação, já que para mim, rejeitar derviações e neologismos parece uma tremenda negação da lógica.
E um aviso aos violadores da lógica da lingua: que pensem melhor antes de me enviar emails contendo críticas à flexão de gênero e emprego de determinados adjetivos e substantivos, pois prefiro receber aquelas correntes de simpatias para ficar rico, pelo menos é uma esperança...

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Todos deverão sair do horário de verão?

Termina hoje, ou melhor, amanhã, o horário brasileiro de verão. Aquele que causa inúmeras reclamações a respeito de sair do rítmo normal, ter de acormar mais cedo e perder horas de sono na transição de um horário para outro, sem falar é claro, na confusão criada sobre como cumprimentar as pessoas, já que podemos saudar alguém com "boa noite" às 20:00, sendo, no entanto, ainda dia claro.
E aparentemente tudo volta ao normal no momento em que se atrasa o relógio em uma hora à meia-noite do dia marcado (no caso hoje), mas estranhamente este dia passará a ter duas meias-noites o que, nem por isso chega a somar uma noite inteira. 
Portanto, para fazer jus ao nome do blog, para profanar a mudança de horário e para colaborar ainda mais com a alegada economia de energia elétrica, a qual na verdade é o pretexto para a existência de um horário especial, chamado de horário de verão, o qual, mesmo assim se chamando, tem início na primavera, e curiosamente essa suposta energia economizada é gasta no natal com aquelas iluminações especiais todas,(se bem que aí já acredito que a culpa seja toda do papai noel, que utltimamente não parece estar muito engajado nessa causa) sugiro que se adiante mais uma hora à meia-noite, já que assim a economia será (re)dobrada, sem falar nos benefícios, por exemplo, na hora de pegar trânsito, pois que os que não aderirem (acredito que a maioria da população) ainda estarão dormindo em suas respectivas casas, aliviando o tráfego nas cidades, pelo menos nesses horários, e da ajuda divina que aqueles que aderirem ao novo horário passarão a receber.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Do favor ou de como não estou inspirado para intitular um texto hoje

Muito se fala a respeito do trabalho, que o nível de desemprego caiu, que o número de pessoas empregadas aumentou, mesmo que isto não influencie diretamente na qualidade de vida das pessoas ou no nível de miséria do país, já que aparentemente o trabalho, como hoje é concebido, não passa de uma forma de distribuir privilégios para pessoa privilegiadas. Mas este também já é outro assunto. Há os que dizem que o trabalho serve para emagrecer o homem, enriquecer o patrão, explorar o operário, cansar o homem, enobrecê-lo, dignificar, aviltar, deixar doente, dentre tantas outras coisas. Afirmo, mas não querendo bancar o contrariador compulsivo, que o trabalho pode curar sérias doenças, pelo menos do corpo, já que daquelas da alma apenas a arte se encarrega. Pois eu mesmo posso dizer que obtive grandes melhorias de saúde a partir do momento em que comecei a trabalhar, já que fiquei totalmente curado de meu priapismo.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Aviso útil

Para prestar uma certa satisfação aos que acompanham este produtivo e prolífico espaço virtual, mas acima de tudo com o intuito de aplacar a tristeza dos ávidos leitores que chegam a implorar por uma nova postagem, tachando-me de escritor improdutivo, ou de escritor fracassado ou de fracassado escritor, aviso que, daqui por diante, passarei a publicar textos na tanto na primeira pessoa do singular, quanto na primeira pessoa do plural ou na terceira pessoa do singular, uma vez que a narrativa em segunda pessoa não é permitida, ainda.
Se tal informação não é de magnífica importância para os leitores, ao menos serve como consolo para aqueles que acessam esta página e nada encontram, senão os velhos textos de sempre, e com os olhos tristes de quem procura um bom livro no sebo, mas só encontra romances baratos.
Certo, a vantagem de escrever por aqui é que, além de não ter de derrubar árvores para produzir papel, certamente este papel feito de alguns megabytes de informação virtual (sobre as quais não tenho envergadura moral ou conhecimento técnico suficiente para discorrer a respeito) também não é acometido pelo amarelado do tempo, mas a verdade é que também eu me sinto incomodado pelo abandono deste espaço. Claro, abandono no sentido figurado, já que sempre dou uma olhada ou outra no link do blog para ter certeza de que ainda não fui banido por subversão, ou mesmo por improdutividade.
Mas sabemos que uma postagem como a presente é assim, sem sentido aparente, cheia de floreios que não levam a lugar nenhum, a não ser para longe do computador. Isto para os leitores mais irritadiços e desleais, que esperam sempre que tenhamos alguma ideia nova para escrever a respeito e publicar por aqui, enquanto aqueles leitores mais pacientes e leais permanecem sentados na frente do computador, mesmo que não necessariamente nesta página para si tão querida e que acabam percebendo, após horas ou segundos divagando a respeito do que aqui é dito, o delicado jogo de troca de focos narrativos aqui proposto, mesmo que com o objetivo não necessariamente ou plenamente alcançado.
Sabe-se, então, que a opção do autor por escrever sob diferentes focos não acarretou em grandes mudanças estilísticas e tampouco aprimorou a retórica, mas sempre acaba por se tratar de um assunto a ser abordado, já que buscando contrariar os manuais de redação, pelo menos da redação formal, o autor passará a fazer uso, também da narração em primeira pessoa, o que não deixa de ser um tanto arriscado, já que da primeira espera-se a mais alta traição como também a mais pura caridade, espera-se que o narrador em primeira pessoa seja perverso e benfazejo ao mesmo tempo, o que não deixa de ser também um incômodo, se bem que, aparentemente maior para o narrador do que para o autor.
Mas, apesar de tudo, de toda essa dialética erguida sobre este terreno por vezes árido ou mesmo acidentado, como alguns de pensamento mais razo gostam de apregoar, que é o idioma, de toda essa falta de assunto, minha intenção com a postagem de hoje é somente dar as boas vindas aos leitores e ao ano de 2011, já que este último estava carente de um texto publicado por aqui, embora eu ainda creia que o ano é muito longo e dada a circunstância de que ainda estamos em fevereiro e sequer passamos pelo carnaval, uma publicação a esta altura pode ser tida como precipitação de minha parte.
Então, uma vez que tudo já foi dito acima, esperamos que pelo menos tenhamos conseguido ocupar um pouco do tempo do leitor, mesmo que nada de muito útil tenha sido dito, mas esperamos ter, ao menos, proporcionado alguns minutos de distração e desligamento do enfadonho cotidiano, com o vagar dos olhos por entre estas linhas aqui atiradas, e que, aqueles iracundos pela perda de tempo causado por nós não vejam este humilde testemunho como mero desperdício de tempo, que deixem isto para os que procuram soluções nos textos, tendo em vista que aqui apresentamos aos leitores apenas problemas e quebra-cabeças para resolver.