terça-feira, 9 de agosto de 2011

Protesto

Pelo menos para manter aceso este espaço, mesmo que ande eu com uma tremenda escassez de de idéias, ou, no mínimo, com uma baita preguiça. Digo preguiça para poder me considerar um pecador que comete um dos sete pecados capitais, para que eu  meus leitores possam me considerar um sujeito mais interessante, ou mais covarde, já que a preguiça é tida como o menor dos pecados capitais, mas mesmo assim um dos capitais. Aproveito, também, para deixar avisado que não não apenas não aceitarei provocações do tipo: pecado capital é aquele cometido em Porto Alegre, Goiânia, Belo Horizonte etc., como também acho que nós (eu e vocês, caros leitores), não seremos acometidos pelo vício da facilidade de dizer que pecado capital é quando o sujeito vai fornicar em Porto Alegre, Goiânia, Belo Horizonte etc., mesmo porque qualquer pessoa pode cometer qualquer pecado em qualquer uma dessas cidades, portanto, não só o da luxúria. O cidadão pode ficar,por exemplo, irado em Porto Alegre, com inveja de algo em Goiânia e fartar-se de comida típica em Belo Horizonte, ou invejar algo em Belo Horizonte, ou mesmo exercer sua avareza no interior, sem viajar para capital alguma, a fim de amontoar dinheiro para simplesmente não gastar, 
Mas já que mencionei aquele estado, digo que, quando do desaparecimento do Carlos Drummond Andrade, eu morava em Minas e percebi, mesmo jovem demais, que aquilo causara grande comoção (acho que não só por lá como também no resto do país), mas a verdade é que tal comoção constitui um objeto de inveja, posto que na época do desaparecimento do Quintana eu já estava de volta ao Rio Grande do Sul e vi que pouco se falou, ou ao menos assim me pareceu na ocasião. Algo de certa forma coerente com a poesia Quintaniana.
Mas o real protesto nada tem que ver com tudo que acima foi dito, que serviu apenas para que eu ganhasse um certo tempo para formular um argumento válido e consistente para o que tinha a escrever agora, neste parágrafo, mas ao chegar neste ponto do texto, tendo passado por comentários sobre idas e vindas de pecados, poetas e capitais, acabo de chegar à conclusão de que meu protesto contra a falta de educação de certos professores não faz mais sentido e, portanto, exclua o leitor o último parágrafo deste texto e considere um protesto somente o que foi escrito nos anteriores.

3 comentários:

  1. Nunca vi um professor mal-educado.
    Que pecado!

    ResponderExcluir
  2. Eu disse que era para desconsiderar o parágrafo...

    ResponderExcluir
  3. Creio que o desaparecimento do Quintana foi tragado pelo fato Ayrton Senna.
    Isso me faz lembrar de quando Saramago deixou este mundo e que comentei perplexo na sala dos professores, com uma colega: "bah!, que triste! Perdemos o Saramago!" e ela me respondeu: "desculpe a ignorãncia, mas quem era Saramago?".

    ResponderExcluir