segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

É o fim do mundo, seu imundo

Certas paranóias chegam a fazer parte do imaginário pupular. Desta vez, alavancada por um filme de terceira categoria (no sentido intelectual, claro, já que no sentido da produção é primeira categoria mesmo), volta à tona a paranóia do fim do mundo. Não sei se por inveja da geração anterior, sempre desejei ver alguém de barba e cabelo comprido carregando uma plaquinha anunciando: o fim está próximo. Mas agora que estamos perto disso não acho a menor graça.
Desta vez, o fim tem data marcada. Então, vale a pena discutir o que seria fim do mundo. Provavelmente o holocausto foi o fim do mundo para milhões de pessoas. Certamente os que dormem sob pontes acham isto o fim do mundo. Ter um continente de plástico a vagar pelo oceano é o fim do mundo. Pensar que os americanos apenas conseguem ver o seu país como centro do mundo é o fim do mundo. Os conflitos, padrões sociais, convenções sociais, aquecimento global, hipocrisia, crescimento populacional desenfreado, poluição, agrotóxicos, agronegócio, colonialismo ideológico e social, tudo isto é o fim do mundo.
Mas, depois de pensar muito a respeito do fim, devemos tomar algumas decisões, tal como onde estar? Em algum lugar abençoado que não será atingido pela enorme onda que varrerá a humanidade para baixo do tapete da existência no universo? Não, acho que o importante realmente não seria onde estar, mas com quem estar.
Certamente esta postagem pode parecer um tanto quanto, digamos, vazia de significado. E é mesmo, a não ser quanto à preocupação de com quem passar o fim do mundo. Afinal, ano novo tem todo ano, mas fim do mundo, provavelmente acontecerá apenas uma vez.

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