sábado, 28 de janeiro de 2012

Com título

No futuro todos terão 15 minutos de fama, um i-pad, um i-pod, um i-phone, muitos contatos e poucos amigos. Mera impressão ou ao mesmo tempo em que a internet facilitou o acesso às informações também tornou superficial a compreensão das coisas? Antigamente superficialidade era se despencar até o sebo para comprar livro com frases de pessoas notáveis. Hoje basta perguntar para o google. Todos sabem quem é Woody Allen, Groucho Marx, Karl Marx, Mae West, Campos de Carvalho, Oscar Wilde e W.C. Fields, e em algum lugar um sujeito com preguiça mental acessa o google para pesquisar a respeito do "Niti". Certo, mas o que se pode fazer com toda essa informação, exceto poder dizer "Já conhecia, já ouvi falar"? O mundo não ficou mais idiota, a quantidade de idiotas no mundo é que aumentou, ou eles se tornaram mais influentes.
De certa maneira sempre tentei discordar do Warhol, por implicância ou ignorância, sei lá... Mas a verdade é que de alguma maneira parece que agora consigo encontrar uma boa metáfora para o seu discurso ou então encontro um bom discurso em suas metáforas. 
Continuo me deliciando e não entendendo o Bukowski, mas entendo menos ainda os que se vangloriam dizendo conhecer seus livros e lamentam não tê-lo estudado no currículo escolar normal. De qualquer maneira, se o Bukowski entrasse para o currículo de literatura não seria marginal e a rodinha intelectual que se vangloria de conhecê-lo perderia sua razão de existir e tampouco eu estaria aqui dizendo essas coisas agora.
De fato continuaremos a ter palavras de jargão que entrarão na moda, para a felicidade dos que as usam, e o movimento histórico da involução, pelo menos intelectual, continuará acelerado.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Resoluções para o ano

Sei que as coisas andam meio paradas aqui neste blog, pelo menos em termos de postagens. Mas por falta de desculpas não vou dar explicação alguma para esta minha recente ausência. Também por falta, mas desta vez de assunto, postarei apenas as simples resoluções de ano novo. Sim, o ano ainda é novo, apesar de já ter iniciado há algumas semanas, mas ainda dá tempo de escrever alguma coisa a respeito, ou a despeito, se tanto...
A verdade é que de certa fora a entrada do ano, ao menos no aspecto matemático, não deixa de simbolizar uma passagem, uma espécie de busca por algo melhor, por evolução, crescimento, ou que pelo menos nos tornemos pessoas menos ruins do que no passado, ou piores pessoas, mas com menos consciência.
Então, como também procuro esta miniatura de nirvana, eis minha lista de resoluções de início de ano:
1 - Não beberei mais cerveja de má qualidade, mas também não usarei este espaço para fazer propaganda daquelas de boa qualidade, pois não estou sendo pago para isto. E a boa cerveja, convenhamos, anda bem cara.
2 - Resistirei bravamente ao impulso de apedrejar os carros de som que ao andar pelas ruas fazendo propaganda fazem-no tocando o hit do verão, a terrível e temível música do Michel Loló.
3 - Caso eu não consiga cumprir a resolução anterior, perdoar-me-ei por não tê-lo feito.
4 - Conceder-me-ei o direito de usar pronomes mesoclíticos à vontade.
5 - Abandonarei o hábito preciosista e pedante de usar mesóclise sem necessidade, já que isto vem a tornar os textos bastante enfadonhos.
6 - Dedicar-me-ei a escrever o meu livro. Ao menos um capítulo por dia.
7 - Tentarei desvendar o mistério da palavra "olvido" escrita no pilar de uma parada de ônibus em Porto Alegre.
8 - Tentarei não cair em contradições vãs.
9 - Usarei este blog para escrever sobre assuntos relevantes e irrelevantes. Coisa que já venho fazendo desde o início, mas serei mais tolerante com os comentários alheios, os quais serão publicados ou excluídos, dependendo do contexto, do conteúdo, da forma da abordagem e da própria abordagem.